As frentes de água como elemento fundamental para o planejamento, resiliência e sustentabilidade urbana.

Resumo

No âmbito da educação ambiental e da gestão urbana, é fundamental destacar a importância do planejamento com foco na sustentabilidade, visando estratégias e soluções de desenho urbano para cidades resilientes à alterações climáticas e com ambientes urbanos mais equitativos e saudáveis. A produção dos espaços urbanos e os sistemas de áreas livres devem considerar as áreas verdes e azuis. Como objetivo, tem-se compreender a água enquanto elemento essencial para o planejamento das cidades brasileiras, em sua gênese, momento atual e futuro. Visto que é necessária ampla divulgação de conhecimento e muita lucidez para planejar o futuro das cidades e saber intervir de forma a equilibrar a dinâmica da sua expansão e a reabilitação urbana, adotou-se a metodologia de revisão literária. Como temas de embasamento teórico, tem-se o urbanismo sustentável por Farr (2013) e Leite (2012); urbanismo e alterações climáticas por Costa (2013) e Watson & Adams (2011); e ordenamento territorial por Texeira (2001) e Tardin (2016). Como destaque do estudo, todas as premissas para o ordenamento territorial, sistemas de áreas verdes e azuis, e, estruturação de espaços públicos merecem maior ênfase e exigem especial atenção quanto à sustentabilidade na interface da cidade com a água, tanto para educação ambiental quanto para a elaboração e revisão de legislação e planos urbanos. Administrar esses fatores exige considerar e equacionar um conjunto de oportunidades que envolve a paisagem, infraestrutura existente, densidade e questões socioambientais de cada cidade como desafio nos processos de regeneração urbana e reestruturação produtiva. Particularmente, nas frentes de água.