Análise da eficiência de compostagem e vermicompostagem para resíduos sólidos orgânicos com inserção de material biodegradável

Resumo

A disposição inadequada de resíduos sólidos acarreta danos ambientais e socioeconômicos. No Brasil, cerca de 45,3% dos resíduos sólidos urbanos destinados aos aterros e “lixões” são resíduos orgânicos, o que resulta em diminuição da vida útil do aterro sanitário. O presente estudo teve como objetivo analisar a eficiência dos processos de compostagem e vermicompostagem de resíduos orgânicos com adição de material biodegradável. Realizou-se o monitoramento das composteiras por 100 dias, sendo analisados parâmetros físico-químicos como temperatura, pH, umidade e matéria orgânica, monitorou-se também a atividade microbiana por meio da análise da respiração basal do composto, do carbono da biomassa microbiana e do quociente metabólico. Com o desenvolvimento da pesquisa, percebeu-se que a temperatura apresentou comportamento semelhante ao longo da compostagem e vermicompostagem, no final do processo o pH da compostagem apresentou melhores resultados, no entanto, a vermicompostagem teve resultados mais satisfatórios com relação aos teores de umidade e matéria orgânica. Observou-se que a atividade microbiana manteve-se ativa, apresentando os resultados esperados, com decréscimo nos índices da respiração basal e no carbono da biomassa, assim como a elevação do quociente metabólico. Após a realização do estudo, concluiu-se que a adição do material biodegradável não interferiu nos processos, apresentando potencial de compostabilidade. Deste modo, foi possível constatar que a técnica de compostagem e vermicompostagem de resíduos sólidos orgânicos, aliadas a utilização de material biodegradável, contribui