Gestão da paisagem cultural

Abstract

Se a paisagem é concebida como uma representação cultural que engloba uma dimensão material, espiritual e simbólica, é também uma realidade física. Daí a importância de conhecer e reconhecer as capacidades e limitações da matriz biofísica, como premissa para o planejamento concomitante do território, com caráter sensível, ético e estético para ressignificar a paisagem cultural (Folch e Bru, 2017). O objetivo deste trabalho é discutir a natureza da valorização da paisagem em unidades de paisagem (UP), enquadradas num roteiro de gestão territorial assente na definição de Objetivos de Qualidade da Paisagem (OCP) que assegurem a sua sustentabilidade. O estudo sobre a paisagem cultural do Lazareto em Tarija-Bolívia, cunha a memória histórica das missões franciscanas (leprosário e capela dos lazarientos), juntamente com a festa de San Roque em torno da natureza e das nascentes, fato que inspira esta reflexão. O resultado contribui para uma medida preventiva, corretiva e compensatória para preservar a paisagem de acordo com as diretrizes da Convenção Europeia da Paisagem (CEP) e ações que devem fortalecer o quadro institucional da paisagem para desenvolver junto com a comunidade uma pedagogia da paisagem para um turismo sustentável estratégia.