Áreas verdes urbanas e a prática sustentável de comunidades religiosas da União do Vegetal no estado do Amazonas/Brasil
Palavras-chave:
Territorialidade religiosa. Amazônia. Hoasca/Ayahuasca.Resumo
Este trabalho buscou aprofundar o entendimento da territorialidade do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, uma das religiões que fazem o uso do chá Hoasca/Ayahuasca em seus rituais, tendo em vista além de sua estrutura organizacional, expansão e regionalidade amazônida, o manejo e gestão do seu território, sobretudo, na manutenção e conservação de áreas verdes urbanas e periurbanas para fins de cultivo das plantas ritualísticas, no estado do Amazonas. A investigação das relações entre religião e geografia tem procurado reconhecer a estrutura espacial construída e reconstruída pelas atividades humanas, as quais estão submetidas às ideias e representações que modelam o seu comportamento. Para tanto, o eixo técnico-metodológico central desta proposta se baseou na observação participante completa, sendo o investigador parte integral da estrutura social, apoiado por questionários aplicados aos dirigentes de cada núcleo investigado. A expansão territorial do CEBUDV mostrou que está relacionada ao crescimento e manutenção de áreas florestadas e/ou destinadas a plantios das espécies Banisteriopsis caapi e Psychotria viridis em sistemas agroflorestais com predomínio da agricultura orgânica. Seus arranjos institucionais contribuem para formação de áreas verdes, que muitas vezes aparecem como “ilhas verdes” em meio ao concreto de cidades como Manaus, a capital do Amazonas. O que contribui para suavizar os impactos ambientais dos centros urbanos, com importantes benefícios ambientais e sociais.
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