Pegada Hídrica e sua relação com a renda familiar: um estudo aplicado ao Brasil
Palavras-chave:
Pegada Hídrica. Renda. Consumo Sustentável.Resumo
O processo de urbanização, acompanhado pelo expressivo crescimento populacional, tem promovido novos padrões de consumo que pressionam os recursos naturais. Frente aos desafios decorrentes do consumo insustentável, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 12 da Agenda 2030 busca promover métodos sustentáveis de produção e consumo, bem como o uso consciente dos recursos naturais. Nesse sentido, este estudo visa contribuir para o debate sobre a relação entre os padrões alimentares da população brasileira e a renda familiar por meio do cálculo do indicador ambiental Pegada Hídrica. Para atender tal objetivo, foi realizada uma pesquisa aplicada com abordagem quantitativa a partir de uma revisão bibliográfica realizada nas bases da SCOPUS e Web of Science, no período de 2012 a maio de 2023. Além disso, utilizaram-se os microdados da última Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE, amparados na aplicação da técnica estatística multivariada de Análise Fatorial. Como resultado foram identificados seis fatores principais que caracterizam os principais perfis alimentares brasileiros. Os resultados confirmaram que as dietas ricas em proteína animal tendem a apresentar maior Pegada Hídrica, os mesmos encontrados na revisão da literatura. Também constatou-se uma forte correlação entre renda e consumo de carne, com famílias com renda mais alta consumindo quantidades maiores de proteína animal e, portanto, tendo uma pegada hídrica maior em comparação com aquelas de famílias com renda per capita mais baixa. Os resultados comprovam a necessidade de promover a conscientização sobre as consequências ambientais do consumo e da importância de promover hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.