Jardins sensoriais em espaços livres urbanos como ferramentas de inclusão, multifuncionalidade e qualidade ambiental

um panorama bibliométrico da produção científica

Resumo

Objetivo - Mapear e analisar, por meio de uma abordagem bibliométrica, a produção científica nacional e internacional sobre jardins sensoriais, com foco nas contribuições para os debates sobre inclusão, multifuncionalidade e qualidade ambiental nos espaços livres urbanos.

Metodologia - Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com abordagem bibliométrica, baseada em dados extraídos das bases Scopus e Web of Science. Foi utilizado o software RStudio® juntamente a seus utilitários Bibliometrix e Biblioshiny para tratamento, análise e visualização dos dados, totalizando 61 estudos selecionados após processo de refinamento.

Originalidade/relevância - O estudo se insere em uma lacuna da literatura ao propor uma visão integrada dos jardins sensoriais vinculada ao planejamento urbano sustentável e inclusivo, articulando dimensões que são comumente analisadas de forma isolada, como acessibilidade, funções terapêuticas e qualidade ambiental.

Resultados - Os dados apontam crescimento da produção científica sobre o tema, especialmente após 2016, com predomínio de estudos voltados ao bem-estar e terapias. Identificou-se também uma concentração de autores ocasionais, dispersão temática e a ausência de abordagens urbanas sistematizadas.

Contribuições teóricas/metodológicas - A pesquisa contribui para a consolidação do campo ao sistematizar as principais tendências, termos e autores que compõem a produção científica atual. Metodologicamente, reforça o uso da bibliometria como ferramenta eficaz em estudos interdisciplinares.

Contribuições sociais e ambientais - Os achados reforçam o potencial dos jardins sensoriais como instrumentos de inclusão social e promoção da saúde urbana, destacando sua aplicabilidade em projetos voltados à acessibilidade ampliada, sustentabilidade e bem-estar em ambientes urbanos contemporâneos.