Pelo direito à cidade sustentável

For the right to a sustainable city

Autores

  • Tayná de Oliveira Vitória Universidade Estadual de Feira de Santana image/svg+xml
  • Rosângela Leal Santos Universidade Estadual de Feira de Santana image/svg+xml
  • Joselisa Maria Chaves Universidade Estadual de Feira de Santana image/svg+xml

DOI:

https://doi.org/10.17271/23178604134720256073

Palavras-chave:

Sustentabilidade urbana, Greenways, Agenda 2030

Resumo

Objetivo - Demonstrar a situação socioambiental da cidade de Feira de Santana, Bahia, a partir de dados do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC), com vistas a implantação de um Parque Linear nos terraços do Rio Olhos D’Água paralelos à Avenida Macário Cerqueira.

Metodologia - Esse trabalho é classificado, quanto à abordagem, como qualiquantitativa, visto que utiliza de forma conjunta dados qualitativos com dados quantitativos. Quanto à sua natureza, é classificado como pesquisa aplicada, haja vista que objetiva gerar conhecimentos para aplicação prática com a finalidade de solucionar problemas específicos; no caso dessa pesquisa, a proposta de implantação do Parque Linear consiste em uma solução para equacionar os problemas socioambientais presentes na bacia Olhos D’Água e nos bairros adjacentes, o que também gera rebatimento no nível de sustentabilidade da cidade de Feira de Santana.

Originalidade/relevância - A relevância desse trabalho é justificada pelos estudos e pesquisas de Carelli (2011), de Vitória e Vieira (2022) e de Vitória e Vieira (2023), em que foram identificadas alterações urbano-ambientais na bacia hidrográfica Olhos D’Água, na cidade de Feira de Santana, fazendo com que a implantação de um Parque Linear nos terraços do Rio sirva para sua revitalização bem como para que o Rio e a vegetação prestem seus serviços ecossistêmicos para a população, precipuamente o serviço de captação de águas da chuva e diminuição dos processos de enchente nos bairros localizados na área da bacia; e diminuição do efeito conhecido como “ilhas de calor”. Outrossim, com a implantação de um Parque Linear, será criado um espaço de lazer, encontro social e educação ambiental, com benefício paisagístico e turístico - o qual pode servir para dinamizar a economia local.

Resultados - Constatou-se que Feira de Santana apresenta um baixo nível de Desenvolvimento Sustentável com uma pontuação geral de 47,32 de um total de 100. Um investimento relevante para melhorar a situação de Feira de Santana, frente ao trato com os recursos naturais, é a implantação do Parque Linear - infraestrutura urbanística protegida, de caráter predominantemente linear, em que os cursos d’água constituem elementos preponderantes - o qual permitirá que a vegetação e os recursos hídricos prestem seus serviços ecossistêmicos para a população.

Contribuições teóricas/metodológicas – Esse trabalho reafirma a visão de que o espaço urbano não deve ser planejado apenas para a circulação e edificação, mas como um geossistema, onde rios urbanos, Áreas de Proteção Permanente (APPs) e população coexistem. Outra contribuição teórica é o fato de adotar a paisagem urbana como elemento estruturador do projeto — não como cenário, mas como produto da relação entre sociedade e natureza. Outrossim, esse estudo avança na teorização da infraestrutura verde “parque linear” como solução baseada na natureza (SbN) e como infraestrutura urbana essencial frente à crise climática — articulando drenagem, sombreamento, microclima e lazer.

Contribuições sociais e ambientais - A modelagem proposta, embora preliminar, já mostra possíveis melhorias para a área sinalizada, as quais serão usufruídas pela população dos bairros adjacentes a bacia Olhos D’Água, bem como por toda a população de Feira de Santana, a qual carece de espaços e equipamentos públicos de lazer e vinculados aos recursos hídricos – os quais são abundantes em Feira de Santana – contudo, não são revitalizados e arquitetados com fins socioambientais. Ademais, os parques lineares têm papel fundamental na adaptação climática urbana visto que eles promovem a revegetação urbana e essa por sua vez proporciona sombreamento natural, redução da temperatura superficial e melhoria do microclima em áreas antes expostas ao sol e à impermeabilização; sendo que tudo isso reduz as ilhas de calor urbanas.

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Publicado

10.11.2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

VITÓRIA, Tayná de Oliveira; SANTOS , Rosângela Leal; CHAVES, Joselisa Maria. Pelo direito à cidade sustentável: For the right to a sustainable city. Periódico Técnico e Científico Cidades Verdes, [S. l.], v. 13, n. 47, 2025. DOI: 10.17271/23178604134720256073. Disponível em: https://publicacoes.amigosdanatureza.org.br/index.php/cidades_verdes/article/view/6073. Acesso em: 21 dez. 2025.