Mapeamento de hortas urbanas comunitárias no município de São Paulo, SP
uma análise na perspectiva do Nexo e da (in)segurança alimentar
DOI:
https://doi.org/10.17271/23178604134920256092Palavras-chave:
Agricultura urbana, Desertos alimentares, Vulnerabilidade socioambientalResumo
Objetivo - Mapear hortas urbanas comunitárias no município de São Paulo, com foco em áreas de vulnerabilidade social e Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), e analisá-las sob a perspectiva da abordagem integrada do Nexo água-energia-alimentos e de sua relação com a (in)segurança alimentar e nutricional.
Metodologia - Trata-se de um estudo de caso, na cidade de São Paulo. A metodologia consistiu no mapeamento espacial de hortas comunitárias e ZEIS utilizando o software QGIS (versão 3.40.4), com base em dados secundários das plataformas GeoSampa e Sampa+Rural. A análise dos mapas foi realizada de forma interpretativa e crítica, em diálogo com uma revisão bibliográfica sobre segurança alimentar e a abordagem do Nexo.
Originalidade/relevância - O estudo insere-se na lacuna teórica da aplicação do conceito da Abordagem Nexo água-energia-alimentos no contexto da agricultura urbana periférica. Sua originalidade consiste em investigar se as hortas comunitárias, localizadas em áreas de alta vulnerabilidade social, podem ser analisadas como uma estratégia integrada para otimizar recursos e enfrentar a insegurança alimentar, tema de relevância acadêmica e social para o planejamento urbano sustentável.
Resultados - O mapeamento identificou 152 hortas urbanas em espaços públicos, das quais 114 foram classificadas como comunitárias. A distribuição destas hortas é predominante nas regiões periféricas (Zonas Urbana Sul, Leste e Norte), coincidindo com áreas de favelas e ZEIS, ou seja, locais com maior vulnerabilidade socioambiental e insegurança alimentar. A análise conclui que, apesar da boa distribuição geográfica, supõe que o volume produtivo dessas hortas é insuficiente para impactar significativamente o acesso a alimentos in natura nessas comunidades.
Contribuições teóricas/metodológicas - Teoricamente, o estudo contribui ao ressaltar a relevância da agricultura urbana, como um sistema potencialmente eficiente e integrado à dinâmica da urbe. Metodologicamente, demonstra a utilidade de ferramentas de Geoprocessamento (QGIS) e da sobreposição de dados espaciais para diagnosticar e planejar políticas públicas de segurança alimentar e urbanismo.
Contribuições sociais e ambientais - Hortas comunitárias urbanas, especialmente em espaços públicos, têm potencial para promover segurança alimentar, educação ambiental, organização popular e inclusão social em territórios vulneráveis. Além disso, a agricultura urbana é reconhecida por seus benefícios ambientais, como à drenagem urbana e à diminuição de ilhas de calor. O estudo sugere que o fortalecimento dessas hortas, com mais recursos, pode encurtar cadeias de distribuição de alimentos, reduzir externalidades negativas (como custos de transporte e emissões) e ampliar seus impactos positivos na qualidade de vida urbana.
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