ESTUDOS ECOTOXICOLÓGICOS DE LIXIVIADO DE ATERRO SANITÁRIO ANTES E APÓS VÁRIAS ETAPAS DO TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.17271/198008279112013672Resumen
RESUMO: A decomposição física, química e biológica de resíduos sólidos domiciliares em aterros sanitários resulta na produção de um líquido de coloração escura, chamado de lixiviado. Este lixiviado apresenta uma grande heterogeneidade na sua composição e pode ter como características elevadas concentrações de nitrogênio amoniacal, matéria orgânica, compostos de difícil degradação e eventualmente metais. Devido as suas características, este requer um tratamento adequado para que os valores de seus parâmetros físicos, químicos e biológicos atendam aos limites estabelecidos pela legislação vigente e que não cause impactos ao meio ambiente. Assim, é de fundamental importância que as pesquisas relacionadas ao meio ambiente sejam desenvolvidas associando-se as análises físico-químicas e os ensaios ecotoxicológicos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi realizar ensaios de ecotoxicidade com os organismos-teste: Pseudokirchneriella subcapitata, Ceriodaphnia dubia, Daphnia magna e Artemia salina em lixiviado estabilizado de aterro sanitário e após tratamento biológico e físico-químico composto por coagulação química-floculação-sedimentação. Os resultados dos ensaios de ecotoxicidade mostraram que após o tratamento biológico, o lixiviado apresentou menor toxicidade frente aos organismos-teste. Já para o lixiviado pós-tratado por coagulação-floculação-sedimentação, apesar da remoção significativa de compostos recalcitrantes, houve aumento de toxicidade para P subcapitata, C. dubia e D. magna.
Palavras-chave: Ecotoxicidade. Lixiviado. Organismo-teste