Uso de sistema de modelagem atmosférica na identificação de possíveis fontes de poluição
DOI:
https://doi.org/10.17271/1980082720320243892Palavras-chave:
Ozônio, Hysplit, Cluster AnalysisResumo
O aumento da industrialização faz com que episódios críticos de degradação da qualidade do ar se tornem cada vez mais comuns. Em Pernambuco, casos semelhantes podem ser observados nas imediações do Complexo Industrial Portuário de Suape, tendo sido constatado que, entre os anos de 2017 e 2021, o O3 foi o poluente que mais excedeu o padrão final (PF) estabelecido em legislação nacional (100 µg/m³). Diante disso, este trabalho teve como objetivo identificar as possíveis fontes emissoras durante os episódios críticos de poluição. Para isso, trajetórias do tipo backward associadas à cluster analysis foram calculadas a partir do modelo atmosférico Hysplit. Através das simulações realizadas, foi observado que 89% das trajetórias dos dias com ultrapassagem do PF tiveram origem no oceano, indicando a possibilidade de que o NOx emitido pelos navios que trafegam na costa seja convertido em O3 ainda no oceano e levado ao continente pelo vento. Os outros 11% foram advindos de áreas onde são desenvolvidas atividades portuárias e industriais, indicando a possibilidade de o ozônio também ter como precursores os COVs emitidos pelas petroquímicas. Estes resultados demonstram que sistemas de modelagem podem ser utilizados de forma satisfatória no monitoramento da qualidade do ar, contribuindo no apoio à tomada de decisão pelo poder público.
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