Espaços Livres Públicos de Práticas Sociais no contexto das Cidades Contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.17271/2318847286120202432Keywords:
Espaços livres de uso público, Praças, Distribuição socioespacial, Qualidade urbanaAbstract
Os Espaços livres públicos possuem papel fundamental na qualidade de vida urbana na medida em que garantem lazer, integração e vivência aos seus usuários, além de interferirem positivamente nos aspectos relativos à saúde física e mental, vitalidade para seu entorno, garantido a segurança e contribuindo para a constituição da esfera da vida pública. Este trabalho apresenta uma análise reflexiva dos Espaços livres públicos de práticas sociais nas cidades contemporâneas, tendo como recorte a Grande Ibes, município de Vila Velha-ES. O estudo é de natureza aplicada e abordagem quanti-qualitativa, desenvolvida a partir de quatro etapas metodológicas: Contextualização, Identificação e Mapeamento, Classificação e Análises das praças. A Grande Ibes apresenta uma distribuição irregular dos espaços livres para práticas sociais. Dos 21 bairros que compõem a Regional, 6 (seis) deles possuem ausência total de praças. Entretanto, as praças existentes atendem cerca 56% da população residente na área de estudo (considerando um raio de 300 metros) e 89% da população (considerando um raio de 500 metros), garantindo acesso e atendendo a grande parte dos moradores. Com relação as análises qualitativas, a maioria das praças possui equipamentos e atrativos relacionados à integração, vivência, saúde e lazer, além de serem em sua maioria limpas e arborizadas. Porém, a falta de manutenção regular é o fator que mais compromete diretamente o uso desses espaços, gerando locais vulneráveis e sem vitalidade. Espera-se com as análises desenvolvidas nesta pesquisa influenciar positivamente nas futuras intervenções a fim de qualificar o espaço urbano.Downloads
References
ALEX, S. Projeto da Praça: Convívio e Exclusão no Espaço Público. 2a ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo. 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro. ABNT, 2015.
ENVIRONMENTAL SYSTEMS RESEARCH INSTITUTE (ESRI). ArcGIS. Desktop. Basemap: ESRI, 2016.
GEHL, J. Cidade para pessoas. 2. ed. São Paulo, SP: Perspectiva, 2014.
HEEMANN, Jeniffer; SANTIAGO, Paola Caiuby. Guia do Espaço Público. Para Inspirar e Transformar. Jeniffer Heemann & Paola Caiuby Santiago (Adaptação) 2. ed. São Paulo: Conexão Cultural. Project for Public Spaces 2016.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). CENSO DEMOGRÁFICO 2010. Características da população e dos domicílios: resultados do universo. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
INSTITUTO ESTATUAL DE MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS (IEMA). Ortofoto. Ortofoto Mosaico cedido pelo IEMA. Vitória: 2014.
KELLY, Eric; BECKER, Barbara. Community planning: an introduction to the comprehensive plan. Washington: Island Press, 2000
KLIASS, Rosa Grená. Parques Urbanos de São Paulo. São Paulo: Pini, 1993.
LIRA, P.; LARANJA L.; MAGALHÃES, L. Índice de Bem Estar Urbano - IBEU da Região Metropolitana da Grande Vitória - RMGV: avaliação das condições de vida urbana 1. Vitória. Observatório das Metrópoles. 2013.
MACEDO et al. Os Sistemas de Espaços Livres e a constituição da esfera pública contemporânea no Brasil. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2018.
MATTOS, Rossana Ferreira da Silva. Expansão urbana, segregação e violência: um estudo sobre a região metropolitana da Grande Vitória. Vitória, ES: EDUFES, 2011.
MENDES, Alexandra. Avaliação da disponibilidade e acessibilidade a espaços verdes em quatro áreas urbanas: Lisboa, Porto, Braga e Coimbra. Dissertação de Mestrado. Porto, Faculdade de Letras da Universidade do Porto.2017.
MENDONÇA, E. M. S. A importância metropolitana do sistema de espaços livres da região de Vitória – ES –Brasil. In: EURO ELECS 2015, Guimarães, Portugal. Anais EURO ELECS 2015, Guimarães, Portugal. 2015. p. 2075-2084.
PRETO, Maria Helena de Fátima. Sistema de espaços livres públicos: uma contribuição ao planejamento local. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. Metas de Sustentabilidade para os Municípios Brasileiros (Indicadores e Referências). Rede Nossa São Paulo. Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Agosto 2012.
ROBBA, F., MACEDO, S. S. Praças brasileiras (2. ed.). São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 2003.
SALGUEIRO, Teresa Barata. Segregação e Fragmentação. In: Geografia de Portugal - Sociedade, Paisagens e Cidade. Rio de Mouro: Círculo de Leitores, 2005.
TARDIN, R. Espaços Livres: Sistema e Projeto Territorial. Rio de Janeiro: Editora 7Letras. 2008.
VILA VELHA. Lei nº 4.707 de 10 de setembro de 2008. Institucionalização dos bairros nas Regiões Administrativas, os limites e a denominação dos mesmos e os critérios para organização e criação de bairros, no perímetro urbano do Município. Prefeitura Municipal de Vila Velha-ES, 2008.
VILA VELHA. Lei complementar nº 65, de 09 de novembro de 2018. Institui a revisão decenal da lei municipal nº 4575/2007 que trata do plano diretor municipal no âmbito do município de Vila Velha e dá outras providências. Diário Oficial do Município de Vila Velha. Prefeitura de Vila Velha – ES. 2018.