Patrimônio líquido de Macapá, Amapá: mapeamento das áreas de ressaca

Resumo

As cidades, dada sua complexidade, estão em constante processo evolutivo e as alterações acontecem em todos os segmentos.  Ao estudar a forma urbana é possível entender como as diversas partes da cidade se ordenaram e se interconectaram, integrando o conjunto maior. Para o entendimento das dinâmicas presentes na relação das áreas de ressaca na cidade de Macapá, Amapá, nesta pesquisa foi construída uma linha do tempo a partir da definição dos períodos históricos. Foram considerados relevantes para a cidade os períodos evolutivos que correspondem a eventos que impulsionaram alterações importantes no processo administrativo com implicações diretas no tecido urbano da cidade. Foram, assim, definidos como marcos a fundação da Vila de São José de Macapá, passando pela criação do Território Federal do Amapá e, finalmente com a criação do Estado do Amapá.  Os mapas com a evolução urbana da cidade foram produzidos atendendo a estes eventos e, portanto, abrangem o período da fundação em 1758 até o ano de 2020. Para o mapeamento síntese das áreas de ressaca compreendidas no meio urbano de Macapá, foi elaborado um mapa com a indicação de cada área. O processo de urbanização desordenado, aumentado pela migração, resulta em graves problemas sociais enfrentados pelas cidades. Um deles, a falta de moradias, resulta na ocupação das regiões próximas aos núcleos urbanos ainda não ocupados, agregando à cidade novas regiões morfológicas. Esta região apresenta um importante conjunto de áreas de ressaca (áreas úmidas) que estão compreendidas dentro da área urbana da cidade, em que estão sujeitas a profundas transformações ambientais, como o processo de aterramento que vem acontecendo ao longo dos anos.