Determinação da toxicidade aguda do dicamba para organismos bioindicadores neotropicais
Palavras-chave:
Ecotoxicologia. Herbicidas. Hyphessobrycon eques. Pomacae canaliculata.Resumo
A necessidade para avaliar os efeitos e impactos dos herbicidas levou o desenvolvimento de uma ampla gama de testes ecotoxicologicos O objetivo deste estudo foi determinar a toxicidade aguda do dicamba para os organismos bioindicadores aquáticos de exposição: peixe matogrsso (Hyphessobrycon eques) e caramujo (Pomacae canaliculata). Para a determinação da toxicidade aguda do dicamba para H. eques (CEUA nº 02_2017) e P. canaliculata foram utilizados peixes na densidade máxima de 1,0 g L-1 e caramujos com peso entre 2,0 e 4,0 gramas. Os peixes e caramujos foram aclimatados em sala de bioensaio com temperatura de 25,0 a 27,0 ºC e fotoperíodo de 12 horas de luz por dez dias, em caixa de 250 L, com sistema de aeração contínuo promovido por bombas de ar e alimentados à vontade, uma vez ao dia, os peixes com ração comercial com 28% de proteína bruta e o caramujo com a planta aquática Hydrilla verticillata. Para o controle de sensibilidade dos dois organismos teste foram realizados periodicamente ensaios de toxicidade aguda com 48 horas de duração com a substância referência cloreto de potássio (KCl - pró analisis) com teor de pureza de 99,9%. Para H. eques as concentrações foram 0,01; 0,10; 0,56; 1,00; 1,56 e 2,44 g L-1 e para P. caniculata 0,1; 0,25; 0,50; 0,90; 1,20 e 2,00 g L-1. A seguir, foram realizados ensaios preliminares com o herbicida nas concentrações 0,1; 0,302; 1,05; 3,43; 11,15; 36,25 e 117,8 mg L-1 (fator de diluição 3,25). Em seguida realizamos os ensaios definitivos (3 L de água de diluição), todos com um controle e três réplicas, com três peixes por réplicas e cinco caramujos por réplica. A avaliação da mortalidade foi em 24 e 48 horas após a aplicação com a retirada dos organismos mortos dos recipientes. Os resultados obtidos nas análises de letalidade foram submetidos à regressão linear no software Trimmed Sperman Karber. A concentração letal de 50% após exposição de sete dias (CL50;7d) para ambos os organismos foram >117,84 mg L-1, classificado como praticamente não tóxico para os organismos H. eques e P. caniculata. Nenhum dos organismos apresentaram mortalidade nas concentrações estadas. Assim, pode-se concluir que o H. eques e P. caniculata não podem ser utilizados como organismos bioindicadores para águas contaminadas pelo herbicida dicamba por não apresentarem sensibilidade.
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