As representações sociais como condicionante do espaço: O discurso da violência no funk carioca e a percepção social dos territórios no Rio de Janeiro
Palavras-chave:
Representação. Necropolítica. Territorialidades. FunkResumo
O trabalho pretende investigar os embates das representações da violência atrelada ao “funk carioca” e analisar como elas condicionam a identificação de territórios percebidos como zonas de conflitos. Acredita-se que essas representações sociais são influenciadas pela linguagem, pela cultura e pelas narrativas criadas por diferentes atores e seus interesses. Com o objetivo de compreender como esse condicionamento acontece, destaca-se, como estudo de caso, um evento específico, o arrastão do dia 18 de outubro de 1992, na Praia de Ipanema, Rio de Janeiro. O aporte teórico-metodológico utilizado, baseia-se na noção de “representação” de Chartier e no conceito de "necropolítica" de Mbembe. Busca-se, a partir dos trabalhos destes autores, evidenciar como o poder pode ser construído, mantido e reforçado através das representações sociais que são criadas e disseminadas. Para analisar o acontecimento, recorre-se às fontes em artigos de jornais, artigos de telejornais, depoimentos policiais, letras de funk e bibliografias científicas pertinentes. Através das diferentes representações de um mesmo evento, foi possível jogar luz na forma como elas condicionam as percepções e reconhecimentos dos territórios urbanos do “medo”.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.