Ecologias feministas como antídoto às desigualdades socioecológicas

Autores

  • Júlia Silva Gonçalves Mestranda, FURG, Brasil
  • Fabiane Simioni Professora Doutora, FURG, Brasil.

Palavras-chave:

Justiça reprodutiva. Interseccionalidade. Mudanças climáticas. Ecologias feministas.

Resumo

Partindo da análise da lógica de exploração extrativista exercida pelo ser humano sobre a natureza e do modo de produção capitalista, analisamos os impactos ocasionados por essa exploração no meio ambiente e suas consequências para vida das mulheres, especialmente daquelas dos países do Sul global. Diante disso, procuramos compreender de que forma a justiça ambiental pode, e deve, andar junto à justiça reprodutiva para o favorecimento do desenvolvimento sustentável conforme preceitua a Agenda 2030, destacando a necessidade de uma compreensão interseccional das desigualdades que as mulheres estão expostas. Também buscamos compreender como a lógica de poder patriarcal e extrativista subjuga mulheres e natureza a interesse econômicos, passando a sistematizar as ecologias feministas marxistas perguntando-nos se essa corrente permite a conexão necessária entre justiça ambiental e justiça reprodutiva. Dessa forma, compreendemos que e o patriarcado e o capitalismo são fenômenos indissociáveis que precisam ser analisados junto ao panorama ambiental por sustentarem a visão opressora que colocam as mulheres como subordinadas aos homens e o Sul global subordinado ao Norte, da mesma forma em que autoriza e fomenta a exploração da natureza como simples objeto por aqueles que detém o poder.

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Publicado

2023-07-23

Como Citar

Gonçalves , J. S., & Simioni, F. (2023). Ecologias feministas como antídoto às desigualdades socioecológicas. Scientific Journal ANAP, 1(4). Recuperado de https://publicacoes.amigosdanatureza.org.br/index.php/anap/article/view/4016