Cortina-verde: estratégia bioclimática viável para Habitações de Interesse Social (HIS)
Palavras-chave:
Estratégia bioclimática, Cortina-verde, Custo-benefícioResumo
Inúmeras pesquisas ressaltam o uso da vegetação como estratégia de conforto térmico devido a sua capacidade de umidificação, barrar parcialmente radiação, proporcionar sombra e, assim, minimizar temperaturas reduzindo consumo energético. O objetivo principal da pesquisa é averiguar a viabilidade da implantação de uma cortina verde na realidade de habitações de interesse social (HIS), por meio de métodos quantitativos e qualitativos. Assim, descreveu-se implantação de cortina verde em HIS, quantificaram-se os custos de execução e foram registradas e comparadas temperaturas das fachadas com e sem essa. Os objetos de estudo localizam-se na cidade Santa Maria, RS, no residencial Leonel Brizola. Para análise, definiu-se duas edificações unifamiliares, térreas, geminadas duas a duas, com fachada oeste livre. Utilizou-se modelo de cortina verde com corda elástica, com implantação da espécie Glicínia. Realizou-se registro térmico semanal durante o mês de fevereiro de 2021, com a câmera FLIR TG165. Os principais resultados foram que a escolha do tipo de cortina verde foi adequada, devido seu baixo custo e não requerer reposição de elementos. O custo geral para a instalação totalizou aproximadamente R$532,00, cerca de 0,8% do valor do imóvel. As imagens térmicas do objeto com cortina verde mostram crescimento constante dessa durante o período analisado (atuando como barreira térmica em porção do envelope), assim como registro de temperatura média superficial 2,8ºC inferior à fachada sem proteção, sendo as diferenças mínima e máxima, respectivamente, 2,1ºC e 4ºC. Conclui-se que o modo de implantação da cortina foi preciso e com nível de dificuldade baixo, envolvendo poucos recursos humanos.
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