Macroacessibilidade do transporte: Região Metropolitana de São Paulo (2017)

Resumo

O modelo de desenvolvimento urbano espraiado, conjuntamente com a opção por investimentos majoritários em infraestrutura de transporte rodoviária geraram congestionamentos, maiores durações das viagens e diminuição da qualidade de vida nas metrópoles. Este estudo objetiva analisar a macroacessibilidade da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em 2017. Foi realizada uma análise descritiva e elaborado um Modelo Linear Generalizado (MLG) utilizando os dados da Pesquisa Origem e Destino do Metrô (2017). Os resultados mostram que a infraestrutura de transporte rodoviária tem vasta cobertura territorial, enquanto a infraestrutura de transporte sobre trilhos se concentra no centro da RMSP. Verificou-se que quanto mais próximo do centro, maior é a utilização do transporte individual e, quanto mais distante, maior é a utilização do transporte coletivo. A modelagem estatística evidenciou que a distância euclidiana (+4,3 min/km), a quantidade de modos utilizados na viagem (+8,1 min/modo) e o primeiro modo escolhido são preditores estatisticamente significativos e relevantes (sendo o ônibus com maior duração média, seguido do metroferroviário). Os modos individuais obtiveram a maior vantagem na macroacessibilidade, visto que se utiliza menos tempo para o acesso aos veículos e, também, menos tempo para o deslocamento após o uso do transporte (microacessibildiade). Ainda, não dependem de transferências de veículos e são mais rápidos durante o percurso. Conclui-se que o investimento em transporte sobre trilho permitirá melhores condições ambientais ao usuário cativo do transporte coletivo, com a diminuição do tempo de microacessibilidade e diminuição na duração do deslocamento, com potencial competição com os modos individuais.