Natureza: um ensaio sobre o resquício simbólico no espaço urbano
Palavras-chave:
Natureza, Praças, Espaço urbanoResumo
O artigo propõe uma reflexão ensaística sobre a formação dos núcleos humanos, mais tarde a cidade, a partir de sua estruturação simbólica e da sua função primeira de refúgio, cujo sentido de proteção - das intempéries, dos perigos, e das invasões - criava, também, o sentido de comunidade. E esta formação pontua a organização interna, diferenciando-a do caos externo – ordem e caos se intercalam na construção simbólica do espaço urbano, que no seu desenvolvimento histórico, após um distanciamento com a natureza, recorre a sua representação dentro do espaço organizado. As praças e as áreas verdes, na organização do espaço urbano, serão as representações mais próximas da natureza, com toda a amplitude de significados, que transcendem as suas funções urbanas, permitindo o passeio e o devaneio, ou ainda o medo. Para compreender a dimensão fantasmática das praças e áreas verdes (dos sistemas de áreas livres), foram pesquisados vários autores, mas, principalmente, os menos técnicos, circunscritos às reflexões habituais da área do urbanismo, mas os que permitem ampliar o campo da pesquisa, como Ítalo Calvino e Gilbert Durand. Neste sentido, este artigo pensa a possibilidade de teorias, pouco consensuais à área, servirem de princípios para o desenvolvimento de outras metodologias de pesquisa, que elegem como objeto de análise os sistemas de áreas livres.
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