Educação Ambiental no Cotidiano Universitário em Defesa da Permuta do Uso de Confetes e Glitter Biodegradáveis: Atuação de Uma Sociedade Sustentável

Autores

  • Carla Nayara da Silva Lima Engenheira Florestal
  • Marilia Alves Lima Graduanda, UFS, Brasil.
  • Leila Regina Lima Souza Engenheira Florestal
  • Brenda Elissy Santos Ferreira Graduanda, UFS, Brasil.

Palavras-chave:

Ecológico, Lixo Marinho, Materiais Plásticos

Resumo

Nos últimos anos têm sido crescente a preocupação dos ambientalistas em relação ao uso de micro e mesoplásticos. Durante o período carnavalesco os foliões intensificam a utilização desses elementos, em destaque estão os glitters e os confetes coloridos que são espalhados ao longo das ruas, que facilmente escorrem pelos ralos e são pequenos demais para serem filtradas no sistema de tratamento de esgoto, possibilitando sua chegada aos rios e mares. Mesmo sabendo a intensidade dos impactos provocados pelos microplásticos, não há estudos sobre o glitter nesse contexto, especialmente, porque não é fácil identificar a origem desse material. Portanto, o material é contabilizado entre os microplásticos que poluem os oceanos. Desse modo, o presente projeto teve como objetivo a busca de opções sustentáveis ao uso de confetes e glitters convencionais, a fim de reduzir os impactos ambientais gerados. Visando a substituição desses produtos, foi realizada a confecção dos “Kits ecofetes”, contendo glitter e confete ecológicos no intuito de demonstrar que estes podem ser trocados por materiais biodegradáveis. Os confetes ecológicos foram confeccionados a partir de folhas verdes e caídas de árvores, as quais passaram pela perfuração e secagem, após este processo foram embalados em sacolas de papel kraft e, posteriormente, etiquetados com adesivo contendo informações sobre a composição do produto, modo de uso e precauções. Já a confecção dos glitters ocorreu de forma caseira utilizando açúcar e corante alimentício, os quais foram misturados em um recipiente para homogeneização dos ingredientes, em seguida foi disposto a sombra para secagem e, por fim, embalados em pequenos reservatórios semelhantes ao usual, também etiquetados. Contudo, para analisar a percepção ambiental dos discentes da Universidade Federal de Sergipe (Campus São Cristóvão), foram aplicados questionários. Além do uso da educação ambiental informal, na qual foi criada uma conta na rede social Instagram, como meio de comunicação para divulgação, elaboração e disseminação de ideias e atividades sustentáveis. Com isto, foi possível observar que 78% dos entrevistados corresponderam à faixa etária de idade entre 18 e 24 anos. Quando questionados sobre a presença em festas de carnaval, cerca de 77% confirmaram que iriam comparecer, sendo que 53% deste alegaram que iriam utilizar adereços carnavalescos (pedrinhas coloridas, confetes e glitters), sobre a forma de remoção destes do corpo 76% afirmaram que no banho, 9% utilização de um produto de limpeza específico. Por fim, 94% dos participantes afirmaram o interesse em mudar suas atitudes e adotar medidas ecológicas. O questionário participativo fez-se essencial para o início da construção de uma percepção social dos usuários entrevistados. Foi notório uma influência de idade em relação ao uso dos confetes, onde, acredita-se que o público maior estaria entre as crianças e pré-adolescentes. Assim, tornando-se necessário incorporar novas estratégias para abranger futuramente o público-alvo e obter novos dados para novas análises.

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Publicado

2023-08-26

Como Citar

Lima , C. N. da S., Lima , M. A., Souza , L. R. L., & Ferreira, B. E. S. (2023). Educação Ambiental no Cotidiano Universitário em Defesa da Permuta do Uso de Confetes e Glitter Biodegradáveis: Atuação de Uma Sociedade Sustentável. Scientific Journal ANAP, 1(5). Recuperado de https://publicacoes.amigosdanatureza.org.br/index.php/anap/article/view/4174