Mato Grosso: potencialidades e mazelas no agronegócio e meio ambiente

Autores

  • Juliana Michaela Leite Vieira Doutoranda, UFMT, Brasil.
  • Benedito Dielcio Moreira Professor Doutor, UFMT, Brasil.

Palavras-chave:

Desenvolvimento, Sistemas Complexos, Meio Ambiente

Resumo

Mato Grosso obteve o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), no país, entre 2002 a 2020, com 5,42% ao ano, maior que a média nacional de 1,96%. Esse crescimento é impulsionado em grande parte pela agropecuária, seguida pela indústria e setor de serviços. É o maior produtor no país de soja, milho e algodão. Possui ainda o maior rebanho bovino. Esse cenário de crescimento econômico traz sérios impactos ambientais. Segundo o Instituto Centro Vida (ICV), de 2013 a 2022 o estado apresentou uma área total de desmatamento de 25.539km². É uma região endêmica para a malária. A partir de uma revisão bibliográfica, identificamos que a população dos municípios produtores agrícolas tem alta exposição a agrotóxicos e incidência de cânceres. Este trabalho examina os boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES/MT) e documentos do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA-MT). Mostra relevância na área ambiental e desenvolvimento sustentável, por relacionar o desenvolvimento econômico à precariedade da saúde humana, animal e ambiental, trabalhando com o princípio de Saúde Única (One Health). As principais implicações teóricas e metodológicas estão na análise de todos os dados, tanto de produção agrícola como de desmatamento, observando, por esse volume de informações quais são os impactos para o meio ambiente e para o ser humano. Como contribuição social e ambiental, está a necessidade de inserção de todos os seres vivos enquanto partícipes do crescimento econômico, condição básica de validação do que é chamado de desenvolvimento sustentado.

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Publicado

2023-10-30

Como Citar

Vieira, J. M. L., & Moreira, B. D. (2023). Mato Grosso: potencialidades e mazelas no agronegócio e meio ambiente. Scientific Journal ANAP, 1(6). Recuperado de https://publicacoes.amigosdanatureza.org.br/index.php/anap/article/view/4271