Simulação de pulverização ambiental: Efeitos reprodutivos do glifosato em modelo animal
Palavras-chave:
Herbicida, Reprodução, Saúde AmbientalResumo
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos reprodutivos causados pela exposição crônica inalatória ao glifosato em animais. Para isso, foi usado um modelo que simula a pulverização ambiental real com concentrações ambientalmente relevantes do glifosato. Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos, expostos a 0 (grupo controle - GCI), 20,69 (grupo de baixa concentração - GBCI), 34,63 (grupo de média concentração - GMCI) ou 51,66 ppm/dia (grupo de alta concentração - GACI). Os animais foram expostos por 15 minutos durante 180 dias. Após o período exposição, os animais sofreram eutanásia e os testículos e epidídimos foram coletados para a análise de contagens, motilidade, morfologia e vitalidade espermáticas. Os números absoluto e relativo de espermatozóides no testículo e epidídimo e a produção espermática diária foram reduzidos em todos os grupos expostos ao herbicida, indicando impacto sobre a espermatogênese. A motilidade progressiva foi reduzida no GACI, com consequente aumento da motilidade não progressiva e imóveis. Entretanto não houve atraso no tempo de trânsito espermático no epidídimo. A integridade da membrana plasmática e a porcentagem de espermatozoides morfologicamente normais foram reduzidas nos grupos expostos, com aumento de anormalidades de cabeça e cauda. A exposição ao glifosato por meio de modelo de simulação de pulverização ambiental afetou a quantidade e qualidade espermática em modelo animal. Isso alerta para riscos à fertilidade masculina, demandando regulação rigorosa sobre o uso de agrotóxicos para prevenir danos à saúde reprodutiva e ambiental. Desta forma, medidas agrícolas mais sustentáveis são cruciais para equilibrar produção e saúde global.
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