Bioincrustação por Coral-Sol em Plataformas de Petróleo: Desafios para o Descomissionamento
Palavras-chave:
Espécies exóticas invasoras, Desativação de unidades marítimas, Impactos ambientaisResumo
Espécies marinhas exóticas se distribuem por todos os oceanos devido ao intenso tráfego marítimo, que facilita o intercâmbio entre diferentes regiões, ocasionando o desequilíbrio em ecossistemas, afetando a biodiversidade e as atividades antrópicas. A bioincrustação por Coral-Sol (Tubastraea spp.) trouxe problemas à uma das etapas do licenciamento na indústria offshore, o descomissionamento, onde ocorre a desativação das unidades marítimas. O encerramento das atividades representa um desafio tecnológico, político, estratégico e econômico pois os custos são altos, a atividade é incipiente e são poucas as normas vigentes que garantam segurança no processo de descomissionamento. Este estudo visa esclarecer como se deu o aparecimento do Coral-Sol em ecossistemas marinhos brasileiros, destacando a importância das plataformas de petróleo como potenciais vetores de introdução da espécie, analisando sua ocorrência, controle, monitoramento e remoção desta macroincrustação. Este tema se mostra relevante na atualidade, pois a bioinvasão nas estruturas offshore e na plataforma continental brasileira, implica em perda de produtividade pesqueira, desequilíbrios na fauna bentônica e modificação dos ciclos de carbono e cálcio, entre outros impactos. Como metodologia, realizou-se uma pesquisa exploratória em artigos acadêmicos das plataformas “Scopus” e “Google Scholar” e em documentos solicitados ao IBAMA, através do SEI – Sistema Eletrônico de Informações do órgão, que abordam setores econômicos e ambientais associados à indústria offshore entre 2010 e 2023. Os resultados obtidos demonstram que, atualmente, a referida espécie está amplamente distribuída pela costa brasileira, em ambientes naturais e artificiais, como píeres, boias e plataformas de petróleo, sendo estes os principais vetores de sua introdução.
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