Ausências, Assimetrias e Fricções entre o Patrimônio Cultural e Natural
o Caso do Movimento Comunitário pela Preservação do Parque Modernista, em São Paulo.
Palavras-chave:
Patrimônio Cultural, Parques Urbanos, Educação PatrimonialResumo
Objetivo – Este estudo tem como objetivo analisar a luta comunitária pela preservação do Parque Modernista, em São Paulo, destacando as assimetrias entre o valor atribuído ao patrimônio cultural e natural no contexto da Convenção do Patrimônio Mundial. Busca-se compreender como essa dualidade pode ter contribuído para o apagamento das narrativas relacionadas à mobilização social que garantiu a proteção desse bem patrimonial.
Metodologia – A pesquisa baseia-se em revisão bibliográfica, analisando documentos históricos, estudos sobre preservação patrimonial e o contexto da luta pelo Parque Modernista. A abordagem teórica considera as fricções entre cultura e natureza na preservação do patrimônio, evidenciando a ausência de reconhecimento oficial ao movimento comunitário.
Originalidade/relevância – O estudo preenche uma lacuna ao destacar a influência das estruturas globais de patrimonialização na visibilidade das lutas locais. A pesquisa traz uma nova perspectiva sobre a relação entre patrimônio cultural e ambiental, propondo um olhar mais integrado para políticas de preservação e reconhecimento da memória coletiva.
Resultados – Identificou-se que a narrativa institucionalizada do Parque Modernista privilegia seu valor arquitetônico e paisagístico, em detrimento do reconhecimento do movimento social que possibilitou sua preservação. A pesquisa aponta que a categorização separada de patrimônios culturais e naturais pode contribuir para invisibilizar mobilizações que articulam ambos os aspectos.
Contribuições teóricas/metodológicas – O estudo sugere novas abordagens para a compreensão da relação entre patrimônio cultural e natural, considerando as dinâmicas sociais envolvidas na sua proteção. Propõe-se um modelo analítico que reconhece o papel das lutas comunitárias na construção do patrimônio, ampliando as discussões sobre gestão integrada.
Contribuições sociais e ambientais – A pesquisa reforça a importância da memória das mobilizações sociais na constituição do patrimônio, contribuindo para políticas patrimoniais mais inclusivas. Além disso, destaca a necessidade de estratégias que promovam a interseção entre cultura e meio ambiente, ampliando a sustentabilidade dos espaços preservados.
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