Wuhan - Cidade Esponja como parte do projeto ecocivilizacional chinês
Palavras-chave:
Cidade Esponja, Wuhan, EcocivilizaçãoResumo
Objetivo – O estudo tem como objetivo compreender as tomadas de decisão que levaram Wuhan a se tornar referência internacional no enfrentamento das inundações urbanas, a partir da implementação do programa Cidade Esponja, lançado pelo governo chinês em 2015. Busca analisar como essas escolhas foram refletidas no desenho urbano da cidade e de que forma se articulam ao projeto ecocivilizacional da China.
Metodologia – A pesquisa foi conduzida por meio de análise bibliográfica em plataformas acadêmicas (Google Scholar, Scopus e demais fontes) e pela investigação de documentos institucionais do governo chinês. Foram examinados projetos urbanos de Wuhan que materializam as estratégias mais comuns do programa Cidade Esponja, tomando-os como objetos de estudo para avaliar sua aplicação e resultados.
Originalidade/relevância – O estudo se insere no debate internacional sobre gestão hídrica urbana e urbanismo sustentável, trazendo como diferencial a análise do caso chinês, que integra conceitos de infraestrutura verde-azul à tradição cultural e política local. A relevância acadêmica consiste em demonstrar como o modelo de Wuhan materializa a transição de uma lógica de impermeabilização para uma abordagem ecológica e resiliente, servindo de exemplo para o planejamento urbano em outras partes do mundo.
Resultados – A experiência de Wuhan mostrou que a aplicação do conceito de Cidade Esponja gerou benefícios concretos, como a redução significativa de áreas alagadas, a ampliação da permeabilidade urbana e a criação de espaços multifuncionais que conciliam lazer, estética e preservação ambiental. O histórico de cheias demonstra que os impactos das inundações foram minimizados, reforçando a viabilidade da estratégia no contexto urbano contemporâneo.
Contribuições teóricas/metodológicas – O trabalho fornece um referencial técnico e metodológico sobre as estratégias aplicadas no programa Cidade Esponja, como jardins de chuva, pavimentos permeáveis, coberturas verdes e bacias de retenção. Além disso, apresenta a importância da integração de planos diretores, normas nacionais e diretrizes locais como instrumentos de replicação em diferentes realidades urbanas.
Contribuições sociais e ambientais – O estudo evidencia que a Cidade Esponja promove ganhos sociais e ambientais ao melhorar a relação entre população e meio urbano, reduzindo riscos de desastres, ampliando áreas verdes e incentivando a participação cidadã nos processos de planejamento. A experiência de Wuhan contribui para políticas públicas sustentáveis, fortalecendo a perspectiva de uma ecocivilização e reafirmando o papel das águas como elemento estruturador da qualidade de vida urbana.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Direitos autorais (c) 2025 Scientific Journal ANAP

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.



