O Parque do Flamengo enquanto Patrimônio: Os desafios da peculiaridade estética do jardim pelo valor da historicidade
DOI:
https://doi.org/10.17271/23178604102620223136Resumo
Entre as demandas de proteção frente ao ameaçador movimento de mercado e a necessidade de garantia do elo com a paisagem, as considerações do filósofo Georg Lukács definem uma leitura na qual, mesmo que submetidas a estruturas qualitativamente distintas, ambas esferas de abordagem se comunicam intrinsecamente. Isto porque, consolidadas as apreensões da peculiaridade do jardim e as determinações históricas do objeto, supera-se a descrição dos fatos ocorridos e, com isso, o Parque do Flamengo pode ser visto à luz da consciência humana que o permitiu. Por fim, o conteúdo afirmativo do jardim, ao mesmo tempo que limita a abertura crítica do espaço e o difere das demais artes, termina por apresentar um registro histórico que é capaz de apresentar as questões principais de um determinado aqui e agora. À luz da dimensão patrimonial, portanto, o jardim se converte em importante registro urbano a receber proteção, bem como o Parque do Flamengo aborda elementos precisos com o seu entorno a partir de sua dimensão estética.