Inventário e Análise da Arborização de praças no município de Campo Belo, MG

Resumo

Devido ao aumento populacional em áreas urbanas, torna-se necessário repensar o planejamento das cidades. As praças, como espaços verdes acessíveis, desempenham um papel importante proporcionando lazer, interação social, educação e serviços ecossistêmicos, contribuindo para melhorar a qualidade de vida. Assim, o objetivo foi realizar um inventário quali-quantitativo das árvores localizadas nas praças Cônego Ulisses e Menotti d’Áurea em Campo Belo, Minas Gerais. Foram levantadas in loco as seguintes informações: identificação; medição (CAP, altura e cancros) e avaliação visual (poda inadequada, danos mecânicos, déficit nutricional aparente e pragas). Com o cruzamento dos dados, foi feita uma classificação do estado fitossanitário das árvores. Foram encontradas 257 árvores, sendo 70% pertencentes a espécies nativas e classificadas como de grande porte. Somente 3,5% das árvores apresentaram déficit nutricional aparente. Em relação às pragas, 4,66% sofreram ataques por cupins, 5,44% por brocas e dois indivíduos apresentaram ataque de lagartas. Observou-se que 10,89% tinham maiores dimensões de cancros. Percebeu-se que 43,97% das árvores foram podadas de forma inadequada, fora dos padrões técnicos indicados, e três espécies sofreram danos mecânicos devido a vandalismo. Identificou-se que 52% das árvores classificadas no critério III (árvore precária) eram de Pau-ferro. O inventário nas praças mostrou predominância de espécies nativas, mas o planejamento do plantio de novos espécimes deve respeitar critérios específicos de diversidade. O monitoramento precisa ser feito, e o planejamento do replantio deve priorizar a substituição de árvores precárias. Deve-se fazer um treinamento para os profissionais que executam a poda e desenvolver estratégias de educação ambiental para a população.