Habitabilidade da moradia adequada

análise nos tipos de apartamentos do Complexo Júlio Prestes, ambiência do centro histórico de São Paulo

Resumo

O déficit habitacional da cidade de São Paulo chega a 27,21% do território brasileiro (SEADE, 2022). Para diminuir a taxa, depende-se de planejamento governamental voltado às políticas de habitação social, devendo atender a princípios de moradia adequada e sustentabilidade. O Complexo Júlio Prestes, pertencente ao Programa Parceria Público-Privada Habitacional, implantado na ambiência do centro histórico de São Paulo, abriga habitações de interesse social e de mercado popular para famílias com renda entre RF1 e RF6, distribuídas em 2 quadras. Assim, o objetivo é analisar se os tipos de apartamentos das torres 1 a 4 da Quadra 49 do Complexo Júlio Prestes atendem ao parâmetro de habitabilidade da moradia adequada. Metodologia: a análise da habitabilidade foi realizada segundo os critérios de lotação, tipos de habitação, materialidade, conservação, conforto térmico e lumínico, baseando-se nos parâmetros de Boueri (2004), no edital do programa (2014) e no projeto entregue pela construtora. Desta forma, o estudo insere-se na temática de ambiente construído e sustentabilidade, muito relevante por se tratar de avaliação de pré e pós-ocupação com foco na qualidade habitacional e desenvolvimento sustentável. Resultados: O parâmetro de habitabilidade da moradia adequada do Complexo Júlio Prestes é atendido parcialmente, pois está em conformidade com as diretrizes do edital, entretanto todas as áreas dos cômodos, exceto a sala e dormitório casal, são precárias. Contribuindo para uma análise aprofundada da habitabilidade da moradia adequada, o artigo abrange aspectos físicos, sociais e ambientais, uma vez que realiza cruzamento de dados propostos pela política, autores e normas nacionais.