Espaços Livres às margens do Rio Tietê

usos e apropriações

Resumo

Objetivo – Este artigo tem como objetivo analisar os espaços livres fluviais de Barra Bonita e de Igaraçu do Tietê, discutindo como esses espaços, embora situados às margens do mesmo rio, apresentam dinâmicas contrastantes de uso e apropriação, podendo ser compreendidos como parte de um sistema de espaços livres.

Metodologia – A pesquisa adota abordagem qualitativa, fundamentada em revisão bibliográfica sobre paisagem, e sistemas de espaços livres, associada a observações de campo, registros fotográficos e análise comparativa das características físicas, sociais e urbanísticas de cada espaço livre.

Originalidade/relevância – O estudo contribui ao preencher uma lacuna nas análises sobre espaços livres fluviais no interior paulista, ao destacar o papel das prainhas como elementos de mediação entre cidade e rio, pouco explorados nos debates acadêmicos sobre lazer e paisagem urbana.

Resultados – Os resultados evidenciam que a orla-parque de Barra Bonita se consolida como espaço turístico regional, articulado à navegação e ao fluxo de visitantes, enquanto a prainha de Igaraçu do Tietê mantém caráter comunitário e cotidiano, voltado ao lazer local. Essas diferenças refletem distintas formas de apropriação e de gestão urbana.

Contribuições teóricas/metodológicas – O artigo reforça a pertinência da abordagem dos sistemas de espaços livres para a compreensão de áreas fluviais, evidenciando como a análise comparativa de usos e práticas sociais amplia a leitura da paisagem.

Contribuições sociais e ambientais – O estudo destaca a importância de políticas públicas que integrem os espaços livres em redes regionais de lazer, promovendo tanto a valorização da identidade comunitária quanto o fortalecimento da relação das cidades com o rio, contribuindo para a preservação ambiental e para o reconhecimento do Tietê como patrimônio paisagístico e cultural.