Medidas de controle e monitoramento operacional de riscos à segurança da água na captação superficial do Rio Corumbataí no município de Rio Claro (SP)

Resumo

Objetivo - Propor medidas de controle e monitoramento à contaminação do manancial e da área de captação superficial do Rio Corumbataí, no município de Rio Claro (SP).

Metodologia - A pesquisa baseou-se em revisão bibliográfica e análise exploratória da área de estudo com indicadores de sustentabilidade e priorização da matriz de riscos para proposição do plano de melhorias com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde e NBR 17080.

Originalidade/relevância – A priorização de riscos à contaminação da água é elemento complementar à análise da qualidade hídrica. No entanto, gestores públicos não adotam o Plano de Segurança da Água (PSA) como instrumento de decisão da gestão dos recursos hídricos e do abastecimento local por falta de conhecimento das exigências pela Portaria Ministerial 888/2021 ou pela falta de empenho na gestão pública para condução do tema. A originalidade da pesquisa consiste na estruturação de um plano de medidas baseado em eventos perigosos, identificação do grau de risco, objetivo do controle, medidas de controle e estratégias de monitoramento.

Resultados - Entre os eventos perigosos mais agressivos, destacam-se o carreamento de contaminantes pelo escoamento superficial; descarga de efluentes devido a limpeza de tanques; existência de erosão e rejeitos pela ação de mineradoras; existência de fossas próximas à captação. Os indicadores de sustentabilidade em níveis insatisfatórios estão mais relacionados às mudanças climáticas do que água e saneamento e a resiliência climática demonstra ser o elo frágil desta adaptação.

Contribuições teóricas/metodológicas – A metodologia adotava teve sua subjetividade minimizada por estudos prévios e visita a campo para coleta de dados primários no entorno da captação que se localiza em área rural.

Contribuições sociais e ambientais – As principais indicações sociais e ambientais referem-se à necessidade de reflorestamento e obras de terra para controle de erosão, ações de mobilização socioambiental, monitoramento da qualidade da água com discussão na sociedade, mudança da forma de gestão pública para gestão adaptativa e inclusiva, além do fortalecimento da governança da água como critério ímpar à sustentabilidade e resiliência de cidades.