A habitação de interesse social e os princípios da cidade saudável
DOI:
https://doi.org/10.17271/23188472138920255872Palavras-chave:
Moradia, Planejamento urbano, Cidades Saudáveis, Participação socialResumo
Objetivo – Avaliar de que forma o Conjunto Habitacional Nelson Mandela (Campinas, Brasil) — composto por moradias “embrião” de 15 m² — se articula com os princípios da cidade saudável e das agendas de promoção da saúde urbana.
Metodologia – Revisão documental e bibliográfica combinada a relato de experiência em campo. A “Mandala Conceitual Sperandio” foi utilizada como referencial analítico para avaliar o desenho das unidades e do entorno imediato por meio dos elementos imateriais de uma cidade saudável.
Originalidade/Relevância – O estudo avança nos debates sobre habitação social no Brasil ao operacionalizar um referencial holístico centrado na saúde em um caso real marcado por tipologias de micro-habitação e reassentamento pós-despejo, evidenciando lacunas na governança intersetorial e na participação social.
Resultados – Embora o conjunto tenha regularizado a posse e oferecido redes básicas, a tipologia negligencia determinantes fundamentais de saúde: restrita privacidade, ventilação cruzada insuficiente e pé-direito que inviabiliza ampliações seguras. A assistência técnica prometida para ampliações não foi disponibilizada, levando à autoconstrução precária. O entorno urbano apresenta baixa arborização e conectividade limitada, apesar de alguma oferta de transporte público e equipamentos sociais. No geral, as unidades de 15 m² estão aquém da habitabilidade mínima para famílias diversas e muitas vezes numerosas, reforçando desigualdades urbanas em vez de promover saúde.
Contribuições Teóricas/Metodológicas – Evidencia a aplicabilidade do “Mandala Conceitual Sperandio” para integrar planejamento urbano e promoção da saúde, conectando a avaliação local de habitação às orientações da OMS/OPAS/ONU-Habitat em uma abordagem avaliativa transferível.
Contribuições Sociais e Ambientais – Indica a necessidade de políticas habitacionais integradas que aliem conforto ambiental (ventilação, iluminação natural, desempenho térmico) à provisão de infraestrutura, participação comunitária e governança intersetorial, de modo a assegurar bem-estar e equidade na produção habitacional social.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Direitos autorais (c) 2025 Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.









