Gestão ambiental participativa da Comdema Ceilândia no DF na perspectiva de construir cidades mais verdes e inclusivas.

Resumo

Conhecer a real situação das áreas periféricas de Brasília, em especial as Regiões Administrativa de Ceilândia e do Sol Nascente/Pôr do Sol nos permite perceber de como é importante a participação popular no processo de gestão e planejamento do território. Apesar de sua contribuição histórica na construção de Brasília, a cidade de Ceilândia, a mais populosa do DF sofre por não obter suas áreas verdes protegidas por sua biodiversidade e preservação dos cursos d’água, delimitadas como Unidade de Conservação, conta apenas com um parque recreativo e o Rio Melchior, que recebe 40% do esgoto do DF. Refletindo sobre toda a problemática socioambiental e no desejo de trabalhar para uma gestão ambiental participativa, surge a articulação para criação da Comdema-Ceilândia. O objetivo desta pesquisa-ação é aprofundar estudos sobre a criação de Comdemas no Distrito Federal e gestão pós-criação com foco na Comdema Ceilândia, para além de uma ferramenta participativa, como também, um processo de alcançar cidades mais verdes e socialmente inclusivas, que permita promover uma gestão ambiental compartilhada por meio de ações com comunidade. Foi realizado um diagnóstico participativo para identificar o contexto socioambiental e sociocultural da região e entender as percepções, necessidades e interesses da comunidade por meio de entrevistas, grupos focais, questionários e mapeamento participativo. Identificou-se e mapeou-se os diferentes atores e partes interessadas envolvidos na gestão ambiental da região, órgãos governamentais, ONGs, empresas, líderes comunitários e outros grupos relevantes. Assim, foi possível compreender as expectativas das Comdemas no DF e ações iniciais da Comdema Ceilândia para promover a gestão ambiental participativa eficaz.