Qual o Papel da Infraestrutura Verde no Desenvolvimento Sustentável das Cidades Pequenas?
Palavras-chave:
Infraestrutura Verde, Cidade Pequena, Natureza, Gestão Urbana, SustentabilidadeResumo
Nos moldes da urbanização extensiva e da gestão ambiental irresponsável, a produção social do espaço, urbano e rural, nas pequenas cidades do sudeste paraense tem sido caracterizada pela supressão progressiva dos ecossistemas naturais, pela contaminação dos rios e pela quase inexistência da arborização urbana. Este artigo, propõe uma abordagem qualitativa que, por meio da revisão bibliográfica, análise documental, cartografia temática, bem como da observação direta, pretende debater sobre o papel da Infraestrutura Verde como estratégia de ordenamento e desenvolvimento do território, centrado no contexto do Distrito de Bela Vista do Araguaia, na região sudeste do Estado do Pará. Localizado na margem oeste do rio Araguaia, a população desse distrito tem assumido protagonismo na conservação do rio, reconhecido por sua importância na manutenção da biodiversidade da Amazônia, tem promovido o bem-estar de diversas famílias, além de recursos hídricos para os pequenos produtores. Ao inserir a Infraestrutura Verde como alternativa para mitigar a degradação da paisagem urbana das cidades pequenas, por meio das políticas públicas pautadas no desenvolvimento ambientalmente sustentável, haverá melhores condições de resiliência urbana das comunidades ribeirinhas. O debate aqui proposto pretende, mesmo que indiretamente, resgatar o papel cívico da comunidade ribeirinha de Bela Vista na proteção do rio Araguaia. O histórico de formação de cidades na região norte do Brasil poderia ser avaliado na perspectiva de uma “guerra dos lugares”, (re) direcionando o olhar atento para os efeitos colaterais que esse violento e rápido processo de urbanização causa ao ambiente natural. Assim, acreditamos que a Infraestrutura Verde pode ser uma abordagem importante na integração dos aspectos sociais, políticos, econômicos e ambientais das cidades pequenas. Nisso reside a importância de uma abordagem ecológica de gestão territorial que, por meio de um enfoque democrático e colaborativo, pode definir prioridades para a delimitação de áreas para implantação da Infraestrutura Verde.
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