Impactos socioespaciais dos resíduos sólidos na população da Vila Lídia, Bairro Noal, Santa Maria, RS
DOI:
https://doi.org/10.17271/1980082719620234739Palavras-chave:
Saneamento Básico, Privação Social, Santa MariaResumo
A universalização do saneamento básico, na dimensão da água, resíduos sólidos e esgoto, ainda é um desafio aos países com grandes desigualdades socioespaciais, como o Brasil. Embora a Organização das Nações Unidas (ONU) venha criando metas para combater a problemática do saneamento, muito pouco se avançou para uma melhor distribuição e qualidade do serviço nos países pobres. Nesse sentido, a temática deste estudo está ligada à avaliação dos impactos dos resíduos sólidos na população da Vila Lídia, localidade pobre da cidade de Santa Maria, RS. Assim sendo, os objetivos do trabalho são: analisar a atual situação de descarte dos resíduos sólidos no território da Vila Lídia, bairro Noal, Santa Maria; discutir a realidade socioambiental decorrente do descarte dos resíduos sólidos. Os dados foram coletados a partir de entrevistas, trabalhos de campo, registros fotográficos, levantamento bibliográfico e documental. Os dados demonstram que duas das quatro microáreas que compreendem a Vila Lídia possuem baixos percentuais de residências com coleta pública de resíduos (71% e 78%). Estes dados, aliados às entrevistas, demonstram a problemática do descarte dos resíduos sólidos, principalmente às margens do Arroio Cadena, que em épocas das cheias causam alagamentos nas residências, expondo a população a riscos econômicos e doenças. Cabe salientar que a destinação incorreta dos resíduos na Vila Lídia é resultado de um processo histórico e socioespacial da população que é marcado por privações de todas as ordens, incluindo a negação do próprio uso do território.
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