COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DO ZOOPLÂNCTON EM UM CÓRREGO URBANO
DOI:
https://doi.org/10.17271/19800827932013540Resumo
Resumo: O conhecimento das espécies zooplanctônicas tem sido um poderoso instrumento para avaliar modificações nos ecossistemas aquáticos, os quais são submetidos a grandes impactos causados pelas atividades antrópicas. A distribuição e estrutura do zooplâncton em ecossistemas de água doce são influenciadas pelo tipo de habitat e pela estabilidade no ambiente. Este rápido inventário tem como objetivo analisar a comunidade zooplanctônica que caracteriza o córrego Santa Maria do Leme no município de São Carlos, SP a fim de complementar a avaliação da qualidade da água e detectar os efeitos de ambientes lóticos sobre esta comunidade. Foram registradas as medidas da temperatura da água, pH, condutividade e oxigênio dissolvido. O zooplâncton foi amostrado com rede de plâncton (68 µm). As amostras foram fixadas com formol na concentração final 4% e os organismos foram identificados e contados, calculando-se então a densidade e os índices de diversidade, dominância e equitabilidade. Foram identificadas 18 espécies, sendo que para Protozoa e Meroplâncton foi registrada a maior riqueza (seis espécies cada); para Rotifera registrou-se três espécies, Cladocera (duas espécies) e Copepoda (um táxon). A análise da comunidade zooplanctônica entre os pontos no córrego Santa Maria do Leme revelou um padrão diferenciado na abundância e diversidade de espécies, sendo a densidade e a riqueza de espécies maiores no ponto P1. Os protozoários e rotíferos dominaram tanto em termos de riqueza quanto de densidade. O micro-hábitat proporcionado pela instabilidade dos locais garantiu uma maior quantidade de matéria orgânica em suspensão, favorecendo o microzooplâncton.
Palavras-chave: Córrego urbano. Degradação. Diversidade de espécies.