Ecoinovação nas Fronteiras do Crescimento Econômico do Brasil

Resumo

Objetivo – Apresentar a ecoinovação nas fronteiras do crescimento econômico do Brasil, medindo seu impacto por meio do Produto Interno Bruto (PIB) e da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), com reflexo na poluição (CO2 equivalente) e na remoção desses poluentes.

Metodologia – A metodologia adotada é qualitativa, baseada em levantamento documental com análises descritivas e explicativas.

Originalidade/relevância – O estudo destaca a ecoinovação por meio da FBCF e das lacunas essenciais ao abordar os custos do crescimento econômico por meio do PIB em relação à poluição ambiental. Esses custos, embora muitas vezes considerados baixos em comparação aos benefícios econômicos imediatos, tornam-se significativamente mais elevados quando os impactos na saúde pública são contabilizados – fator essencial para uma pesquisa acadêmica.

Resultados – Os resultados revelam uma complexa relação entre o crescimento do PIB, os investimentos em máquinas e equipamentos (FBCF), a poluição e a remoção de CO2 entre o período de 2008 e 2022.

Contribuições teóricas/metodológicas – A ecoinovação, em grande parte, permanece à margem das fronteiras do crescimento econômico brasileiro, devido aos crescimentos insignificantes da FBCF em relação ao PIB. Isso se deve à diminuição dos investimentos em capital fixo, à ausência de certificação de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) por parte das empresas e à falta de empenho das autoridades políticas no combate ao problema do aquecimento global.

Contribuições sociais e ambientais – As estratégias para a formulação de políticas integradas, capazes de equilibrar objetivos econômicos, sociais e ambientais, são essenciais para promover um desenvolvimento sustentável de longo prazo. Essas políticas não apenas asseguram o bem-estar da sociedade ao mitigar os impactos negativos sobre o meio ambiente, como também fomentam a inclusão social, a equidade econômica e a preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.