BIM para manutenção e gestão pública de edificações no Brasil

Revisão sistemática da literatura

Resumo

Objetivo – O objetivo deste artigo foi analisar o impacto do Building Information Modeling (BIM) na operação e manutenção de edifícios públicos no Brasil, mapeando avanços e desafios na implementação por órgãos públicos a partir de uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL).

Metodologia - Utilizando o protocolo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), foram revisados artigos das bases de dados Scielo, Semantic Scholar e Periódicos Capes, definindo critérios de elegibilidade e, por fim, selecionando 14 estudos entre 2018 e 2024 que abordam a aplicação do BIM para manutenção de edificações públicas.

Originalidade/relevância - Este é o primeiro estudo a realizar uma revisão sistemática sobre a aplicação do BIM na operação e manutenção de edificações públicas no Brasil, preenchendo uma lacuna teórica significativa. A originalidade da pesquisa reside na identificação dos desafios e oportunidades dessa tecnologia no contexto institucional, destacando sua relevância acadêmica para o avanço da gestão pública eficiente e sustentável.

Resultados - A pesquisa revelou uma adoção ainda inicial e heterogênea do BIM nas instituições públicas brasileiras, com barreiras significativas relacionadas à falta de capacitação técnica e interoperabilidade de software, especialmente na fase avançada de manutenção dos edifícios. Enquanto a Estratégia BIM BR oferece uma estrutura para impulsionar essa tecnologia, o cenário atual exige maior investimento em infraestrutura e desenvolvimento de metodologias específicas para o setor público.

Contribuições teóricas/metodológicas - O estudo avança ao integrar a metodologia BIM na gestão pública de edificações no Brasil, propondo uma abordagem sistemática para análise de maturidade, desafios e oportunidades de implementação tecnológica em órgãos públicos.

Contribuições sociais e ambientais – Destaca-se as contribuições sociais e ambientais do BIM em edificações públicas, como a transparência na gestão, capacitação de profissionais, redução de resíduos, eficiência no uso de recursos e preservação do patrimônio público, promovendo sustentabilidade e otimização no ciclo de vida das construções.