Racismo Institucional e Ambiental
O Impacto na Saúde da População Negra
DOI:
https://doi.org/10.17271/qf5t6395Palavras-chave:
Racismo Ambiental, Saúde Ambiental, Saúde da População NegraResumo
A falta de saneamento básico – e seu impacto na saúde – é uma realidade que afeta uma parte significativa da população brasileira. Contudo, essa desigualdade não afeta a todos da mesma forma; existe um perfil racial específico das pessoas mais vulneráveis e impactadas por condições ambientais precárias. Embora seja um problema social, essa questão tem sido subestimada como um problema sociológico. Portanto, a partir de uma pesquisa bibliográfica exploratória e da análise de dados sobre o acesso ao saneamento e a morbimortalidade por doenças relacionadas ao saneamento inadequado, segundo cor/raça, buscou-se racializar a discussão sobre saneamento e saúde ambiental sob uma perspectiva político-histórica. Foi constatado que, desde o Brasil Colonial, a população negra vivencia um histórico contínuo de falta de acesso aos serviços de saneamento, com consequentes impactos negativos na saúde ambiental dessa população. Como resultado, a cada uma hora e meia, uma pessoa negra morre no Brasil por não ter acesso adequado ao saneamento, uma situação que é fruto da relação entre o Estado, o racismo institucional e o racismo ambiental, contribuindo para o genocídio da população negra brasileira. É urgente, portanto, que esse tema seja incluído nas agendas políticas e de pesquisa.
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