O caminhar e a percepção de (in)seguridade pelas mulheres no espaço público: uma proposta de medidas de planejamento urbano
Palavras-chave:
Seguridade percebida. Caminhabilidade. Gênero.Resumo
A percepção de inseguridade e o sentimento de medo ao caminhar por espaços públicos é mais comum em mulheres, considerando-se uma construção social, a nível global, baseada em sua vitimização e repressão. Ademais, diversos estudos têm demonstrado que a seguridade percebida está relacionada com determinadas características físicas do ambiente construído. Assim, o objetivo desta pesquisa é traduzir conceitos e ideias, identificados e estudados, em medidas específicas de planejamento urbano, capazes de mitigar a percepção de inseguridade dos pedestres, considerando principalmente o gênero feminino. A metodologia aplicada na pesquisa, de abordagem teórica e quantitativa, estabeleceu uma revisão bibliográfica aprofundada, que foi desenvolvida para o embasamento conceitual sobre o tema. Como resultado, obtiveram-se oito medidas específicas, as quais foram classificadas em quatro aspectos gerais do espaço urbano, sintetizando as principais ideias traduzidas a partir da bibliografia: circulação de pessoas, manutenção viária, atratividade do espaço urbano e fiscalização. Este artigo contribui para a literatura existente por gerar um seleto conjunto de medidas capazes de auxiliar na tomada de decisões para que as cidades sejam mais seguras perceptivelmente, convidativas e caminháveis, principalmente para as mulheres, e por haver poucos estudos sobre o tema no Sul Global. Tal incentivo ao pedestre tem o intuito de reduzir o uso do automóvel, principalmente considerando quando utilizado apenas como precaução de segurança pessoal, sendo essa a contribuição ambiental da pesquisa. Outrossim, a busca pela garantia do direito das mulheres à cidade e à mobilidade urbana com maior seguridade percebida se insere na maior contribuição social da pesquisa.
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