Praça de Equipamentos Sociais na Beira do Cais

estudo para o Porto Fluvial Urbano Cocaia

Resumo

Objetivo – O estudo investiga a relação histórica de São Paulo com seus corpos d’água, analisando a arquitetura pública e infraestruturas urbanas de saneamento ambiental, mobilidade e transporte fluvial. O foco recai sobre o Porto Cocaia, na Represa Billings, considerando sua topografia, histórico de urbanização e potencial de integração com o transporte público e serviços urbanos.

Metodologia – A pesquisa adota o projeto de arquitetura como método investigativo, explorando os conceitos de lugar, programa e construção. Fundamenta-se nas contribuições do Grupo Metrópole Fluvial (GMF) e nas pesquisas do LABPROJ-FAU-USP. A análise considera levantamentos topográficos, históricos e urbanos, além da elaboração de diagramas, implantação, cortes e modelos físicos para avaliar a proposta arquitetônica.

Originalidade/relevância – O estudo preenche uma lacuna ao integrar arquitetura pública e infraestrutura urbana em um contexto fluvial metropolitano. A pesquisa destaca o Porto Cocaia como um espaço estratégico para a mobilidade sustentável e a requalificação da relação entre a cidade e seus corpos d’água, promovendo novas perspectivas para a ocupação e planejamento urbano.

Resultados – A pesquisa propõe a implantação de uma praça de equipamentos públicos, composta por atracadouro, terminal de ônibus, balsa, centro de educação ambiental e feira de produtos hortifrutigranjeiros. A solução projetual garante a integração entre os equipamentos e a paisagem urbana, respeitando a variação altimétrica do terreno e otimizando a mobilidade multimodal.

Contribuições teóricas/metodológicas – O estudo reforça o uso do projeto de arquitetura como ferramenta de investigação acadêmica e urbanística. A proposta se baseia na análise integrada entre espaço público e infraestrutura, contribuindo para a reflexão sobre ocupação das margens fluviais na cidade de São Paulo.

Contribuições sociais e ambientais – A pesquisa enfatiza a requalificação de áreas ribeirinhas como estratégia para ampliar a acessibilidade, promover a mobilidade sustentável e expandir a oferta de serviços públicos. A integração entre transporte fluvial e equipamentos urbanos fortalece a conexão entre cidade e água, promovendo impactos ambientais e sociais positivos.