Parques Urbanos em Belém

Funcionalidades ambientais e difusão de conhecimento e cultura no Estado do Pará

Resumo

O município de Belém apresenta atualmente uma acelerada ocupação urbana e grande parte de sua cobertura vegetal, gradativamente, passa a ser ocupada por vias pavimentadas, rios canalizados por meio de grandes projetos de macrodrenagem, e aglomerados residências, tornando temperaturas cada vez mais elevadas no centro urbano com prejuízos ao conforto térmico. Neste sentido, o objetivo da pesquisa é averiguar por meio do referencial teórico e visita técnica, in loco, o papel dos parques urbanos como áreas de elevada função hidroclimatobotânico como o Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves e o Museu Paraense Emílio Goeldi. Dos principais resultados identificou-se em ambos Parques como símbolo da relação do povo paraense com a natureza, estando ali espécies botânicas de imensa representatividade com espécies representativa da Floresta de Terra Firme, Várzea e Igapó como Açai, Ingá, Andiroba, Copaíba e Vitória Régia. Além disso, o centro urbano é quase 100% impermeabilizado, assim os parques são importantes sumidouros de água da chuva, com recargas ao lençol freático nas áreas topograficamente privilegiadas da cidade da maior parte da cidade, efeito runnoff. No que se refere ao papel científico e cultural dos dois parques o parque Rodrigues Alves destaca-se pela venda do artesanato e alimentação aos visitantes e como visitações escolares, por outro lado, Museu Paraense Emílio Goeldi observa-se uma apropriação dos conhecimentos científicos na arqueologia, paleontologia e zoologia produzidos pelos pesquisadores vinculados a instituição, transformados em entretenimento, por meio de exposições como fóssil vivo uniu tecnologia como inteligência artificial e difusão da ciência de forma eficiente.