Banco Comunitário Moeda Verde: uma proposta de ressignicação dos resíduos sólidos na Amazônia
DOI:
https://doi.org/10.17271/rtgs.v1i1.3152Keywords:
Banco comunitário. Moeda Verde. Resíduos Sólidos.Abstract
A problemática da gestão de resíduos sólidos municipais é um desafio para administração pública, pois se trata de um espaço bastante complexo onde se confrontam interesses, havendo a necessidade de se pensar soluções criativas com diversidade de campos de influência; aumentar possibilidades para alternativas de inovação; e enfrentar estes desafios através do desenvolvimento de ações transversais, envolvendo diferentes atores sociais e setores da municipalidade. Este artigo visa descrever o Projeto do Banco Comunitário Moeda Verde, desenvolvendo um estudo de caso de abordagem qualitativa exploratória para compreensão da estrutura organizacional e do acesso ao microcrédito do projeto. O Moeda verde nasceu em 2018 como demanda do Instituto de Desenvolvimento Amazônia Sustentável – (IDEASSU) no município de Igarapé Açu, região nordeste do Estado do Pará. A proposta gerou o Movimento Popular Moeda Verde de mobilização social para a troca de material reciclável por moeda social. É uma experiência única na Amazônia, que extrai do lixo, múltiplas possibilidades de agregação de valor dos resíduos sólidos, geração de emprego e renda a população local. Este projeto é responsável pelo incentivo a redução no volume de resíduos recicláveis enviados para o lixão municipal e o descarte inadequado, reduzindo sistematicamente a pressão sobre os ecossistemas locais, principalmente sobre as nascentes dos igarapés do entorno do lixão, bem como, pelo aumento no número de munícipes engajados nas campanhas de educação ambiental que promovem a coleta seletiva na cidade e abertura de novos postos de trabalho para trabalhadores do lixão que sobrevivem da coleta de lixo na cidade.