Cidades resilientes, sociedades regenerativas
DOI:
https://doi.org/10.17271/2318847263920181531Palavras-chave:
Sociedade de risco, Resiliência urbana, Auto-organização, Cidades criativas.Resumo
O tema abordado parte do viés da discussão da cidade contemporânea no contexto da sociedade de risco e da resiliência urbana. O objetivo consiste em ampliar tais conceitos, entendidos como a responsabilidade atitudinal da sociedade como um todo em aferir as probabilidades de predizer a produção e reprodução dos riscos sociais, econômicos e ambientais possíveis de modo a se adaptar, controlar e transpor tais condições. O método utilizado é dedutivo, através da análise de discurso de autores que abordam duas vertente complementares: a teoria das cidades auto-organizadas e o conceito das cidades criativas. De modo a ilustrar a complexidade e o desafio destes contextos urbanos, a análise junto à realidade de Porto Alegre, tomada como estudo de caso, permite inferir que determinados processos de degeneração da cidade podem ser revertidos a partir do potencial de regeneração social centrados em medidas auto-organizadas e criativas. Deste ponto de vista, a resiliência é entendida como instrumento em potencial para o desenvolvimento social e urbano de cidades e sociedades, pois possibilita a oportunidade local de planejar alternativas e desbravar caminhos para o desenvolvimento sustentável, democrático, produtivo, auto-organizado e criativo.
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