Análise comparativa entre aderência à tração e resistência à compressão em argamassas produzidas com vermiculita expandida
DOI:
https://doi.org/10.17271/23188472138820255482Palavras-chave:
Propriedades mecânicas, Vermiculita expandida, SustentabilidadeResumo
Na indústria da Construção Civil, o desempenho dos elementos construtivos constitui uma temática pertinente para a pesquisa científica. A sustentabilidade e a preocupação com os recursos naturais não renováveis têm estimulado a busca por materiais alternativos que apresentem potencial para beneficiar as propriedades das argamassas cimentícias. Apesar de ser um material ainda pouco empregado como agregado em argamassas, a vermiculita expandida possui propriedades interessantes, com possibilidades de substituir a areia natural, diminuindo o impacto ambiental causado pela sua extração. O objetivo do presente trabalho consistiu em analisar, com base nas características físicas e mecânicas, a redução do impacto ambiental ocasionado com a substituição de areia natural pela vermiculita expandida como agregado em argamassas de revestimento. Neste estudo, analisamos a resistência à compressão e resistência de aderência à tração, de argamassas de revestimento produzidas a partir do traço 1:1:6 em volume e com 10, 20, 30, 40 e 50% de substituição do agregado natural por vermiculita expandida, comparando-as com uma mistura de referência. A etapa experimental consistiu na caracterização dos agregados, confecção das argamassas, ensaios no estado fresco e endurecido. Conforme a NBR 13281-1 (ABNT, 2023), as misturas podem ser classificadas quanto à resistência à compressão como P3 (AN100, VE10, VE40 e VE50, com resistência entre 2,5 e 4,5 MPa) e P4 (VE20 e VE30, com resistência entre 4,0 e 6,5 MPa). Com base na mesma norma as misturas podem ser classificadas quanto à resistência de aderência à tração como RA1 (AN100, VE40 e VE50, pela resistência maior ou igual a 0,2 MPa) e RA2 (VE10, VE20 e VE30, pela resistência maior ou igual a 0,3 MPa). Destaca-se que os resultados para os traços intermediários VE20 e VE30, com resistência à compressão entre 4,0 e 6,5 MPa e resistência de aderência à tração maior ou igual a 0,3 MPa, podem ser classificados como P4 e RA2 respectivamente. Todos os traços atenderam à NBR 13749 (ABNT, 2013), que estipula os valores mínimos de 0,20 MPa para paredes internas e 0,30 MPa para paredes externas. Os traços VE10, VE20 e VE30 mostraram-se adequados para revestimentos externos, enquanto VE40 e VE50, para revestimentos internos. Nestes dois últimos casos, a mistura se distingue por satisfazer a norma e causar menor impacto ambiental.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.