Avanços e retrocessos da Política Urbana no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.17271/23188472128620245325Palavras-chave:
Política Urbana, Agenda 2030, Constituição de 1988Resumo
O Brasil experimentou expressivos avanços institucionais durante a transição democrática e nessa trajetória figura com destaque a Constituição de 1988. Dentre suas inovações está o capítulo da Política Urbana, que consagrou o princípio da função social da cidade e da propriedade, instituiu instrumentos para promover o acesso à terra urbanizada e impôs a obrigatoriedade de processos participativos no Planejamento Urbano. A essas inovações se seguiram normas e políticas democratizantes, como o reconhecimento constitucional do direito à moradia, o Estatuto da Cidade e legislações específicas sobre saneamento, mobilidade urbana, resíduos sólidos e habitação. Esse percurso, entretanto, foi interrompido com a ruptura que depôs Dilma Rousseff, em 2016, seguiu-se na gestão Temer (2016-2018) e se acentuou no governo de Jair Bolsonaro (2019-2022). Essa guinada regressiva em termos de direitos de cidadania também revelou completa discrepância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da qual o Brasil é signatário, especialmente quanto ao ODS 11 “Cidades e Comunidades Sustentáveis”, orientado para tornar as cidades e assentamentos humanos inclusivos. Este artigo, resultado de pesquisa documental em andamento, analisa a trajetória recente da Política Urbana no Brasil, enfatizando as mudanças institucionais recentes para compreender seus impactos presentes e futuros para as cidades brasileiras.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Nacional de Gerenciamento de Cidades

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.