TRILHAS INTERPRETATIVAS E EDUCAÇÃO INFANTIL – DISCUTINDO POSSIBILIDADES À LUZ DE UMA EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.17271/19800827862012309Resumo
Este trabalho parte da concepção de crianças como sujeitos de direitos, dotadas de capacidade de pensar, agir e expor aquilo que pensam. Foi realizado na perspectiva dos estudos etnográficos por meio de uma experiência que busca um novo sentido para as trilhas interpretativas, à medida que desloca as crianças da posição de espectadoras e receptoras da informação, para a de planejadoras. Busca identificar os significados que as crianças dão aos ambientes visitados e como estes vão sendo ressignificados e/ou construídos no decorrer das atividades, analisando o quanto destas construções é influenciada pelos discursos estabelecidos nas atividades. Os resultados apontam que a fantasia, a ludicidade e a aventura são fundamentais para as crianças e que materiais e atividades realizadas devem ser encarados como um recurso para as crianças e não um fim em si mesmo; o que mais importa é a ação da criança em consonância com aquilo que lhe é significativo. Conclui-se que as trilhas interpretativas são excelentes recursos para se possibilitar o contato das crianças com ambientes naturais desde que respeitem sua principal forma de relacionar com o mundo: a brincadeira.