Identidades Quilombolas
Repensando a hibridização além das dicotomias
DOI:
https://doi.org/10.17271/1980082720520245262Palavras-chave:
Quilombos, Hibridismo Cultural, Identidades Negras, Interseccionalidade, DecolonialidadeResumo
Este ensaio analisa criticamente as identidades das comunidades quilombolas brasileiras como processos contínuos de hibridização cultural. Argumenta-se que perspectivas estáticas, essencialistas e dicotômicas como tradicional versus moderno e rural versus urbano são insuficientes para apreender a complexidade dessas experiências. Em contrapartida, propõe-se compreendê-las por meio de aportes teóricos pós-coloniais e decoloniais sobre hibridismo, tradução cultural e interseccionalidade. Demonstra-se como, desde sua gênese nos quilombos coloniais, esses grupos protagonizaram negociações criativas entre distintas matrizes africanas, indígenas e mais tarde urbanas em complexas estratégias de resistência. Explora-se a natureza intrinsecamente fluida, múltipla e transcultural das identidades quilombolas, permeadas por tensões e hibridismos internos de gênero, geração, classe e território. Por fim, apontam-se implicações para a formulação de políticas públicas interculturais e pesquisas participativas que valorizem os contínuos processos de reinvenção identitária protagonizados por essas comunidades.
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