Identidades Quilombolas

Repensando a hibridização além das dicotomias

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17271/1980082720520245262

Palavras-chave:

Quilombos, Hibridismo Cultural, Identidades Negras, Interseccionalidade, Decolonialidade

Resumo

Este ensaio analisa criticamente as identidades das comunidades quilombolas brasileiras como processos contínuos de hibridização cultural. Argumenta-se que perspectivas estáticas, essencialistas e dicotômicas como tradicional versus moderno e rural versus urbano são insuficientes para apreender a complexidade dessas experiências. Em contrapartida, propõe-se compreendê-las por meio de aportes teóricos pós-coloniais e decoloniais sobre hibridismo, tradução cultural e interseccionalidade. Demonstra-se como, desde sua gênese nos quilombos coloniais, esses grupos protagonizaram negociações criativas entre distintas matrizes africanas, indígenas e mais tarde urbanas em complexas estratégias de resistência. Explora-se a natureza intrinsecamente fluida, múltipla e transcultural das identidades quilombolas, permeadas por tensões e hibridismos internos de gênero, geração, classe e território. Por fim, apontam-se implicações para a formulação de políticas públicas interculturais e pesquisas participativas que valorizem os contínuos processos de reinvenção identitária protagonizados por essas comunidades.

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Publicado

24-12-2024

Como Citar

GIMOVSKI, Fabio; OLIVEIRA, Cintia Mara Ribas de. Identidades Quilombolas: Repensando a hibridização além das dicotomias. Periódico Eletrônico Fórum Ambiental da Alta Paulista, [S. l.], v. 20, n. 5, 2024. DOI: 10.17271/1980082720520245262. Disponível em: https://publicacoes.amigosdanatureza.org.br/index.php/forum_ambiental/article/view/5262. Acesso em: 27 dez. 2024.